Lelo e PH no Congresso: quando o PMDB mandava Foto arquivo AGC/M.Rosetti
BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O ex-governador Paulo Hartung disse, em entrevista ao Estadão de domingo (6/12), que não pretende mais disputar cargos eletivos.
Ele se apresenta como aliado do apresentador Luciano Huck, que ameaça disputar a presidência da República, em 2022, mas não desce do muro.
‘Luciano Huck, como eu, é de centro-esquerda’, diz ex-governador capixaba que evita se posicionar sobre eventual filiação partidária de Huck.
“Do ponto de vista de mandatos eletivos, fechei o ciclo. Estou com 63 anos, exerci oito mandatos e desde algum momento me preocupei com o encerramento dessa trajetória”, declarou ao Estado.
Camata, Lelo e PH no Congresso: Foto arquivo AGC/M. Rosetti
Palanque oculto
Para o presidente da Comissão Provisória do MDB/ES, ex-deputado federal Lelo Coimbra, Hartung continua reafirmando o que disse quando deixou o governo, após cumprir seu terceiro mandato como governador.
“Vejo-o muito envolvido no cenário nacional, onde deposita toda energia”, diz Lelo se referindo a seu principal aliado político, do qual foi vice governador, secretário de Educação e fiel escudeiro.
E acrescenta que o partido – sem Hartung – vai buscar saídas para a eleição majoritária de 2022.
“Vamos fortalecer o MDB e construir alternativas majoritárias. Temos muito tempo e haverá muita movimentação na política em 2021, nacional e local”, disse para a Agência Congresso.
O MDB encolheu no ES após disputas internas e debandada de prefeitos. O partido elegeu, em 2020, oito nomes para comandar municípios no Estado. Em 2016 foram 17. Na Grande Vitória, sigla não terá nem um vereador a partir de 2021.
SACO DE GATO – Lelo, no entanto, pode não estar no comando do MDB capixaba, na próxima eleição, porque a briga interna na sigla gerou uma situação de instabilidade.
A Executiva Nacional vem prorrogando a permanência dele no comando da sigla. Segunda 7/12 extinguiu-se a Comissão Interventora e no dia seguinte (8/12) instalou-se de novo a Comissão Provisória sob comando de Lelo.
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O mandato dele será de 90 dias prorrogáveis por mais 90. E assim, aos trancos e barrancos, o outrora grande PMDB segue sem rumo.