BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Um pedido por suspeição da senadora Soraya Thonicke (Pode/MS), para excluir o colega Ciro Nogueira (PP) da CPI das Bets complicou a vida do senador do Piauí

A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma representação sigilosa solicitando autorização para investigar possíveis relações entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Oliveira Lima, mais conhecido como Fernandin OIG, fundador da One Internet Group e proprietário de três plataformas de apostas, 7 Games Bet, R7 Bet e Betão Bet.

A medida ocorreu após a CPI das Bets, encerrada em 12 de junho não aprovar relatório que recomendava o indiciamento de 17 envolvidos, incluindo Fernandin OIG, sob suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em 22 de maio, ainda em atividade, o senador viajou com Fernandin a Mônaco em um jatinho Gulfstream, hospedando-se com o empresário em uma embarcação na marina do Principado. O fato gerou críticas da senadora Soraya Thronicke.

Relógio mais caro que um apartamento

Em seguida, Paiva teria repassado R$ 35 mil à conta do senador. Em resposta às investigações, Nogueira afirmou que o menor valor foi reembolso de hospedagem em Capri (Itália) e que os R$ 625 mil seriam referentes à compra de um relógio Richard Mille por meio do ex‑assessor.

 

Outra suspeita envolve a compra de apartamentos em Teresina pelo empresário, pouco tempo depois de Fernandin adquirir três unidades em um edifício cujo sócio é a empresa “Ciro Nogueira Agropecuária e Imóveis”, da qual o senador afirmou ser sócio, mas negou envolvimento direto nas negociações.

O pedido da PF foi distribuído ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, aguardando sua decisão sobre o prosseguimento do inquérito sigiloso. Até o momento, o STF não se pronunciou oficialmente, e tanto a PF quanto às partes envolvidas mantêm silêncio sobre o caso.

Com G1/Globo/Folha

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