Helder e Jack defenderam pena menor para Glauber

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Os deputados do PT Hélder Salomão e Jack Rocha (PT-ES) criticaram via redes sociais a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que recomendou por 13 votos a 5 a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ).

Em protesto, Braga está em greve de fome há mais de 150 horas e permanece no plenário do Conselho, dentro da Câmara, onde deve passar a Semana Santa.

Mesmo estando no Japão, Jack Rocha usou suas redes sociais para manifestar solidariedade a Glauber. Em sua publicação, declarou:

“Nos solidarizamos com o deputado Glauber Braga e votamos contra a cassação de seu mandato. A cassação é uma medida extrema, que só cabe em casos gravíssimos. Glauber reagiu a uma provocação cruel, em um momento de dor pessoal profunda. Não houve corrupção, nem quebra de decoro que justifique tamanha punição. Respeitar o voto popular é respeitar a democracia’, afirmou.

A crítica à severidade da pena é compartilhada por outros parlamentares da esquerda, como Helder Salomão.

Ele defendeu uma pena menor e alertou que, caso a cassação seja confirmada em plenário, Braga ficará inelegível por 10 anos.

Jorge Solla (PT-BA), testemunha do episódio, afirmou que Braga foi quem acabou sendo agredido verbalmente.

Já Fernanda Melchionna (Psol-RS) destacou, com base em reportagens, que apenas 3% dos casos no Conselho de Ética resultam em punições, sendo raríssimos os casos de cassação por agressão.

Do lado oposto, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) classificou as manifestações em defesa de Braga como hipócritas.

Mesmo entre parlamentares conservadores, houve vozes contrárias à cassação: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL, disse considerar mais razoável uma suspensão de seis meses.

Atos de solidariedade a Braga vêm ocorrendo em Brasília, como uma roda de samba e um culto ecumênico nas imediações do plenário.

O deputado Chico Alencar (Psol/Rio) afirmou que os atos não foram festivos, mas expressões simbólicas de apoio.

Glauber também recebeu visitas de ministros do governo federal e apoio de entidades religiosas e acadêmicas.

A Câmara tem mantido acompanhamento médico e suporte de segurança ao deputado.

A acusação contra Braga foi movida pelo partido Novo, após um confronto com Gabriel Costenaro (MBL).

A defesa alega provocação e perseguição política, e acusa o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como mentor da cassação.

Com informações da Agência Câmara.

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