BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente do Brasil não tem nenhum estado que possa chamar de seu. Nem Rondônia, onde sua avaliação é melhor.
Esse cenário começa a impactar as alianças para 2022. Aliados começam a preferir manter acordos locais e se descolar da eleição nacional.
O crescimento da avaliação negativa do governo já provoca uma debandada de potenciais aliados nos estados, incluindo desistências de candidaturas a governos estaduais e a construção de palanques que vão além do bolsonarismo.
Estimativas realizadas pela Quaest Consultoria a partir de dados da pesquisa Genial/Quaest apontam que o governo Bolsonaro é avaliado negativamente por mais de 60% do eleitorado na Bahia e Pernambuco e mais de 50% em outros 18 estados.
Obtido com exclusividade pela Folha, o relatório da Quaest usa a metodologia que estima opiniões de pequenos segmentos da população, conhecida pela sigla em inglês MrP.
UNIVERSO
Foram ouvidas 2.063 pessoas, do dia 3 ao dia 6 de novembro. A margem de erro varia. Em geral, os dados são mais precisos quanto maior for o universo do eleitorado do estado.
Bolsonaro é avaliado negativamente pela maioria dos eleitores nos nove estados do Nordeste.
Também tem avaliação negativa maior que 50% em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, e até mesmo em estados do Centro-Oeste ancorados no agronegócio, como Goiás.
A maior avaliação positiva está em Rondônia, Santa Catarina, Tocantins e Distrito Federal.
Em nenhum estado brasileiro, contudo, a avaliação positiva do governo Bolsonaro é maior do que a negativa. Os números coincidem com um movimento de afastamento de aliados de Bolsonaro nos estados.
Pré-candidatos a governos estaduais em 2022 desistiram da empreitada ou começam a buscar palanques mais amplos e diálogo com partidos de centro e até da esquerda.
Fonte: Agencia Folha