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BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO –O prefeito de Colatina, Renzo Vasconcelos (PSD), esteve ontem em Brasília para discutir investimentos e melhorias estruturais para o seu município.
Entre as principais demandas apresentadas a integrantes da Bancada Capixaba, está a construção de um barramento entre Linhares e Marilândia, ou Colatina e Marilândia, que segundo o prefeito seria essencial.
O objetivo da obra é prevenir enchentes e garantir mais segurança para a população. A proposta do prefeito é que os recursos para a construção sejam provenientes da indenização como contrapartida.
O barramento teria a função de represar ou desviar a água do Rio Doce, evitando enchentes que afetam a população de Colatina e outros municípios vizinhos.
Além disso, a obra poderia auxiliar no abastecimento de água, na irrigação agrícola e na geração de energia hidrelétrica, trazendo benefícios para o desenvolvimento econômico da região.
Além do barramento, Vasconcelos também quer a implementação de um Porto Seco em Colatina, criando uma barreira alfandegária que facilitaria as operações de importação e exportação.
O projeto tem como finalidade atrair investimentos para o setor industrial, gerar empregos e impulsionar a economia local.
Segundo levantamento, aproximadamente 65% das famílias colatinenses vivem com uma renda mensal de até dois salários mínimos, e a criação do porto seria uma forma de estimular o crescimento econômico da cidade.
“O barramento é essencial para evitar novos desastres ambientais e garantir a segurança da população. Com essa estrutura, poderemos minimizar os impactos de enchentes e fortalecer o abastecimento hídrico da região”, destacou Vasconcelos.
“Se o nosso polo industrial sair do papel e essa alfândega for instalada, poderemos atrair novas indústrias para Colatina, o que terá um impacto direto na vida dos moradores, com mais oportunidades de emprego e renda”, afirmou.
O desastre de Mariana
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorreu em novembro de 2015 e é considerado um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil.
A lama tóxica resultante da tragédia destruiu comunidades inteiras, como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, e atingiu 49 municípios, sendo 38 em Minas Gerais e 11 no Espírito Santo.
O desastre causou impactos ambientais e sociais irreparáveis, poluindo o Rio Doce e prejudicando milhares de famílias.
Após quase dez anos de impasse, um acordo foi firmado no final de 2023, garantindo R$ 170 bilhões em indenizações e compensações para as áreas afetadas. É uma fatia desses recursos que o prefeito reivindica para Colatina.
PORTO SECO
A implementação da barreira alfandegária em Colatina visa fomentar o desenvolvimento econômico do município, tornando-o um pólo logístico e industrial estratégico no Espírito Santo.
A prefeitura agora aguarda a resposta das autoridades federais e estaduais sobre as solicitações feitas em Brasília.
Segundo Vasconcelos, a expectativa é que os projetos possam avançar nos próximos meses, trazendo melhorias significativas para a cidade.
Texto Lorrana Lemos/Entrevista a Marcos Rosetti