Militar capixaba atuou para desacreditar processo eleitoral; queria provar que urnas foram fraudadas e que Lula não venceu.

BRASÍLIA -AGENCIA CONGRESSO – Morador de Colatina (ES) o major da Reserva do Exército Angelo Denicoli – um dos alvos da ação da Polícia Federal neste fim de semana – vai passar o reveion em prisão domiciliar.

Condenado a 17 anos de prisão, Denicoli criou um dossiê com alegações de fraude nas urnas eletrônicas, material que, conforme o STF, foi usado na disseminação da narrativa falsa. E enviado para apoiadores bolsonaristas na Argentina.

Se descumprir qualquer uma das restrições do STF – como entrega de passaportes, proibição total de acesso a redes sociais, vedação de visitas e a suspensão de registros de armas de fogo – será decretada sua prisão preventiva em unidade prisional.

NÃO IRIA FUGIR

A defesa do militar nega que ele tivesse qualquer interesse em fugir do país para não cumprir a pena. E que a prisão domiciliar era desnecessária.

Ao justificar a prisão, o STF alegou a necessidade de evitar novas fugas entre os réus condenados pelos atos do 8 de janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes citou episódios recentes envolvendo outros investigados, como Alexandre Ramagem, que permanece nos Estados Unidos, e Silvinei Vasques, preso no Aeroporto de Assunção, no Paraguai, após tentar fugir para El Salvador.

Todos condenados – inclusive Carla Zambeli presa na Itália – conseguiram fugir sem que a PF impedisse. No caso de Vasques ele só foi preso graças a polícia do Paraguai que detectou que ele usava um passaporte falso.

- Publicidade -