BRASÍLIA AGENCIA CONGRESSO –O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) completou, nesta quinta-feira (17), oito dias em greve de fome em protesto contra o processo de cassação de seu mandato.

Também foi nesta quinta que ele decidiu encerrar a greve após decisão tomada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o andamento do processo que pode levar à cassação do mandato de Braga.

Segundo Hugo Motta, o acordo de adiar por 60 dias a votação da cassação foi debatido com a mulher de Glauber, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).

O parlamentar estava dormindo no plenário onde ocorrem as sessões do Conselho de Ética da Câmara.

Glauber foi acompanhado por uma equipe médica e que realizava exames de sangue diariamente. Segundo sua assessoria, ele perdeu 4,6 quilos devido a grave.

Nos últimos dias, o deputado recebeu apoio de ministros do governo Lula, parlamentares da base governista, sindicalistas e movimentos sociais.

Na última segunda-feira (14), músicos organizaram uma roda de samba na área externa da Câmara dos Deputados em solidariedade ao parlamentar.

O protesto

O ato de Glauber foi uma resposta à decisão do Conselho de Ética da Câmara, que aprovou o parecer por 13 a 5 favorável à cassação de seu mandato.

O deputado é acusado de agredir fisicamente um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) em 2024, durante uma confusão no Congresso Nacional. Glauber chutou o homem.

Para que a cassação seja aprovada, são necessários ao menos 257 votos favoráveis.

Parlamentares do PSOL classificam a decisão do Conselho de Ética como uma retaliação política.

Segundo eles, a medida seria uma resposta às ações do partido contra o orçamento secreto do ex-presidente Arthur Lira.

Caso Braga seja cassado quem assume é a suplente Heloísa Helena.

Com a decisão, a votação deve ficar para agosto, já que julho o Congresso estará em recesso.

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