Hartung gostou da proposta de Vidigal e ficou animado. Mas o que ele vai decidir só Deus sabe.

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Procurado pela AGENCIA CONGRESSO para falar sobre a proposta do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), para que ele voltasse a disputar o Senado nas eleições do ano que vem, o ex-governador Paulo Hartung (PSD) admitiu a possibilidade.

Nesta manhã de quinta-feira, o ex-governador Paulo Hartung, durante um voo, concedeu essa entrevista ao repórter Renato Paoliello. Elogiou a postura de Vidigal e disse ter ficado muito satisfeito com a proposta.

Em “missão pessoal” sem avisar a Casagrande nem a Ricardo Ferraço, ex-prefeito da Serra foi ao encontro do ex-governador há duas semanas e lembrou da necessidade do ES de eleger bons nomes.

PH parabenizou o ex-prefeito Vidigal pela iniciativa de procurá-lo e sugerir que o ES precisa dos seus melhores quadros no Senado, para evitar o que ocorre hoje, com uma representação desqualificada.

“Hoje recebi uma foto dele (Vidigal) reassumindo seu posto como médico. É muito bom ver alguém que exerceu vários mandatos voltando a uma atividade profissional. Defendo que seja assim a vida pública: em determinado momento, a liderança exerce um cargo eletivo; em outro, retoma sua vida privada ou profissional. Conversa boa de quem faz política com responsabilidade”.

“Em segundo lugar, destaco a atitude dele de procurar outras lideranças, inclusive a mim. Essa é uma prática que infelizmente tem faltado à política capixaba. Ele está ocupando um espaço vazio, e isso demonstra maturidade e experiência — elementos necessários para conduzir as coisas”, acrescentou Hartung.

Na Pesquisa eleitoral do Instituto Paraná Pesquisa, realizada no último dia 19, Paulo Hartung aparece em segundo lugar na disputa pelas duas vagas ao Senado pelo ES.O governador Renato Casagrande (PSB) lidera a disputa.

TARIFAÇO

Economista, Hartung falou também sobre a crise provocada pelo presidente dos Estados Unidos ao aplicar tarifas absurdas contra o Brasil:

“Um dado importante é que, nos últimos 14 anos, a balança comercial do Brasil com os EUA tem sido favorável aos americanos: eles vendem mais para nós do que nós vendemos para eles. Isso nos dá um bom argumento”.

“A volta do mercantilismo e do protecionismo vai na contramão de tudo o que foi construído no pós-guerra, quando os próprios Estados Unidos lideraram o movimento em defesa do livre comércio. É, portanto, um retrocesso”.

PORTA FECHADA

“Essa queda de braço não é positiva para a economia brasileira, até porque exportamos para eles produtos de maior valor agregado, como os aviões da Embraer. São cadeias de fornecimento estruturadas com muito esforço e baseadas em ciência e tecnologia, resultado de mais de 200 anos de boa relação entre os países”,

“O caminho é a diplomacia, a negociação. Aprendi que, quando encontramos uma porta fechada, não devemos ir embora: é preciso bater novamente, porque uma hora ela se abre. Nesse sentido, ajuda muito mobilizar tanto os nossos compradores nos EUA quanto os fornecedores americanos que vendem para o Brasil. Muitas empresas brasileiras já estão seguindo essa estratégia”, concluiu.

Hartung concedeu entrevista para a AGENCIA CONGRESSO durante voo para SP

LIVRO –  “A Política em Tempos de Grandes Mudanças”.

Esse é o quinto livro que público e representa mais uma contribuição minha para o debate nacional — algo que faz parte dos meus propósitos de vida.

Trago uma reflexão sobre as grandes mudanças que o mundo tem vivido de forma acelerada: o impacto das novas tecnologias, das redes sociais — que transformaram a política —, e da polarização. Mas não aquela inerente à democracia, e sim a polarização radicalizada, suas causas e consequências.

Também discuto os efeitos da pandemia, como a popularização do home office, que chegou a alterar a mobilidade urbana em cidades como São Paulo. Falo ainda do Brasil, um país que não aprende com os erros, mas também não aprende com os acertos.

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Por que a Embraer deu certo? Por que a WEG Motores deu certo? Por que o agronegócio moderno deu certo? Por que o setor de árvores cultivadas para fins industriais e de restauração de nativas deu certo? Esses exemplos poderiam inspirar políticas para apoiar outros setores capazes de gerar emprego, renda e oportunidades para a juventude, construindo um futuro de esperança dentro do próprio território brasileiro.

O livro reúne 34 artigos publicados em veículos como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Poder360, CNN, Revista Conjuntura Econômica – FGV IBRE e A Gazeta – ES, além de três textos inéditos. O prefácio é de Luciano Huck, o posfácio de Marcos Lisboa, e as orelhas e a contracapa são assinadas por Samuel Pessoa e Ana Paula Vescovi.

A recepção tem sido positiva, tanto que estamos indo para a segunda edição. Aproveito para convidar para o lançamento, no dia 21 de outubro, na UVV, em evento conjunto com o aniversário do DCE da universidade.

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