Deputados Lorenzo Pazolini (Republicanos), Vandinho Leite (PSDB), Torino Marques (PSL), Danilo Bahiense (PSL) e Carlos Von (Avante).

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Se a proposta de lei do deputado federal Alexandre Frota (PSDB/SP) já existisse, cinco deputados do ES que invadiram o Hospital Dório Silva, na cidade de Serra, dia 12 de junho passado – em plena pandemia – teriam sido punidos.

Os parlamentares foram atender a um pedido absurdo do presidente Jair Bolsonaro feito em live no dia anterior (11): para que seus aliados em todo o país entrassem em hospitais para filmar os leitos destinados a pacientes da Covid.

Dos cinco deputados, Lorenzo Pazolini (Republicanos), Vandinho Leite (PSDB), Torino Marques (PSL), Danilo Bahiense (PSL) e Carlos Von (Avante), dois perderam a eleição, Von e Vandinho.

Pazolini foi eleito prefeito de Vitória mas durante a campanha teve que explicar várias vezes porque invadiu o hospital. E manteve o nome Bolsonaro afastado da campanha nos dois turnos.

Bolsonaro não acreditava que os leitos estivessem lotados -por isso pediu as filmagens – Seis meses depois mais de 180 mil pessoas morreram devido a pandemia.

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O Projeto de Lei 3327/20 do deputado paulista, ex-aliado de Bolsonaro, prevê a suspensão do mandato do parlamentar que realizar imagens em hospitais durante atos de fiscalização.

Frota não diz se o projeto foi motivado pela live de Bolsonaro. Mas argumenta que falta bom senso a alguns parlamentares que visitam hospitais para fiscalizar suas condições de funcionamento.

“Entrar em enfermarias, consultórios e UTIs causa problemas para os profissionais da área e, principalmente, aos enfermos. Não há o menor cabimento em sacrificar ainda mais os profissionais de saúde, que devem parar com seus atendimentos para dar atenção àqueles que não têm consideração pelos pacientes e, em regra, estão ali para fazer da doença dos brasileiros palanque eleitoral”, afirma Frota.

Com informações da Agência Câmara

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