Deputado quebrou placa de exposição que acusava PM de matar negros

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) completou, nesta segunda-feira (27), 90 dias presa. Ela está numa penitenciária feminina em Roma, e aguarda uma resposta da justiça italiana ao pedido de extradição feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Em 29 de maio, um mês antes de ser presa, Zambelli pediu licença de seu mandato, por 127 dias. A licença colocou o deputado federal Missionário José Olímpio (PL-SP) em seu lugar.

Em 2 de outubro, no entanto, a licença da deputada terminou, e Olímpio teve de deixar o cargo. Agora, Zambelli está oficialmente em exercício, mas acumulando faltas. A previsão é de que a parlamentar termine o ano com 31 faltas não justificadas, o que pode permitir sua cassação.

Suplente é pior

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O suplente de Zambelli é pior que ela. É ex-deputado federal e já foi punido pelo Conselho de Ética da Câmara por quebrar objetos de uma exposição de esquerda – contra violência policial – na própria Câmara.

Coronel Tadeu, natural de São Paulo, é um ex-policial militar e piloto de helicóptero. Ele foi deputado federal pelo PSL entre 2019 e 2023, mas não conseguiu se reeleger nas eleições de 2022.

Coronel Tadeu tem um discurso de oposição fortíssimo contra o governo Lula. Em uma rede social, denunciou recentemente o prejuízo bilionário dos Correios, e perguntou se o governo Lula é “amigo da democracia” ao pedir ajuda à China para controlar as redes sociais.

10 anos

Após ser condenada a 10 anos de prisão, Zambelli fugiu do Brasil achando que seria acolhida na Itália por ter cidadania italiana. Se ferrou. A Justiça italiana aprovou a extradição da parlamentar de direita.

Ela é acusada de contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A invasão de fato ocorreu, e gerou um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes.

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