BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O Podemos no Espírito Santo virou partido de um filiado só. O presidente regional Gilson Daniel (Viana), não conseguindo se indicar secretário de Casagrande optou por ficar fora do governo.
Ele não teria discutido a questão com os demais membros da sigla, nem mesmo com o outro deputado federal do partido, Victor Linhalis (Vila Velha).
Se deixasse a Câmara, a vaga de Daniel poderia ser ocupada por um adversário político, o coronel Ramalho, hoje filiado ao PL.
Sou governo...
Linhalis não quis polemizar a questão e apenas respondeu ao contato da Agência Congresso por whatsapp que está no governo: “Eu estou no governo. Ele é ele eu sou eu”, disse, se referindo a Gilson.
E acrescentou que nunca trocou cargo por apoio: “Nunca troquei cargo por apoio. Apoio quem entendo ser o melhor caminho para o ES”, completou.
Razões – Ramalho
Daniel afirmou que decidiu não indicar nenhum quadro partidário para compor o secretariado de Casagrande, conforme antecipou hoje a coluna do jornalista Victor Vogas.
O receio é que um adversário político ocupe seu gabinete em Brasília e desmonte sua equipe de trabalho.
O primeiro suplente do Podemos na bancada capixaba é o coronel Ramalho, que deixou o partido para disputar a prefeitura de Vila Velha em 2024.
Pela lei ele perdeu o mandato de suplente. Mas poderia questionar na Justiça.
Tanto Ramalho quanto Daniel foram secretários de Casagrande mas agora estão em lados opostos.
Ramalho tentou ser candidato a senador na eleição de 2022 mas foi atropelado por Daniel, que acabou sendo beneficiado pelos votos dele (Ramalho) ao se eleger para a Câmara Federal.