Hartung também criticou o governo Lula

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O ex-governador Paulo Hartung (PSD), condenou ontem durante entrevista a TV Globo – programa Conversa com Bial – a anistia dada pelo governador Renato Casagrande (PSB) aos PMs grevistas em 2017, quando morreram no ES 219 pessoas.

“Não foi greve, foi motim. A lei não permite greve para essa categoria”, disse Hartung, corrigindo o entrevistador, Pedro Bial.

Em seguida Bial quis saber a posição do ex-governador em relação a proposta do governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que anunciou anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, caso seja eleito presidente.

O PSD de Hartung apoia Tarcísio. Seu presidente nacional, Gilberto Kassab – que também participou da entrevista –  é secretário de estado do governador paulista. E minimizou a fala do seu chefe, Tarcísio.

“O governador foi franco, falou o que faria”, disse Kassab. A fala dele foi endossada por Hartung.

KASSAB: ”Foi uma frase que revelou honestidade. Ele quis ser honesto com o eleitor, não afrontar o Judiciário”, disse o presidente nacional do PSD, sobre a promessa de Tarcísio anistiar Bolsonaro.

HARTUNG: “Se ele (Tarcísio) pensa assim melhor apresentar isso para a sociedade”, sobre anistia a Bolsonaro.

PH que começou sua militância política num partido comunista, não fez nenhuma critica ao ex-presidente Bolsonaro. Mas criticou a forma como Lula enfrenta o tarifaço de Trump.

Kassab também criticou as prioridades dos parlamentares (Câmara e Senado) que segundo ele, são as emendas parlamentares que ”só atendem o interesse local do parlamentar”.

“Temos que trabalhar para reduzir o número de partidos políticos no Brasil. O PSD é um partido de centro”, acrescentou Kassab

 Hartung: ”Ganhar só a eleição não resolve. Você tem que compor o poder. Tem que equilibrar o jogo político”.

”Lula está em campanha eleitoral num ano que não tem eleição” disse Paulo Hartung.

CONTRADIÇÃO: PSD critica a classe política e prega renovação.

JULGAMENTO

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Quase dois mil policiais militares começaram a ser julgados nesta quarta-feira (10), no Fórum Criminal de Vitória. Eles são acusados de motim na paralisação das atividades da corporação em 2017, que resultou em uma sequência de episódios de violência, mortes e insegurança pública.

Motivados por melhorias da segurança no trabalho e aumentos de salários, os militares atuaram na greve, durante o governo Paulo Hartung. Na ocasião o Espírito Santo registrou os maiores índices de violência. Mais de 200 mortos.

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