BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O ex-governador Renato Casagrande (PSB) já começou a discutir com alguns presidentes regionais de partidos as possíveis alianças que poderão ser firmadas para as eleições proporcionais deste ano.
Casagrande se reuniu com os presidentes do PP, deputado Marcus Vicente, Jorge Silva, presidente do PHS, e os deputados Paulo Foletto (PSB) e Norma Ayub (DEM), todos candidatos a reeleição (foto AGCongresso).
A conversa, no entanto, girou mais em torno de quantas vagas cada coligação pode obter, do que sobre o apoio dos partidos aos candidatos ao Palácio Anchieta.
Praticamente todos os dez deputados federais são candidatos a reeleição, e cerca de 13 outros nomes -entre deputados estaduais, ex-prefeitos e secretários – tem chances de vitória para a Câmara Federal.
Segundo cálculos do deputado Jorge Silva, presidente do PHS, serão pelo menos 23 nomes disputando com chance às 10 vagas federais.
Mas a vitória de cada um vai depender das coligações que forem firmadas. Para garantir a primeira cadeira na Câmara, calcula-se que serão necessários pelo menos 170 mil votos, do partido ou coligação.
E quem tiver menos de 50 mil votos, individualmente, dificilmente será eleito. Com o presidente do SD, deputado Carlos Manato, Casagrande também conversou mas reservadamente.
Manato não descarta aliança com o governador Paulo Hartung, já que o deputado Amaro Neto (SD) pode concorrer ao Senado com apoio da máquina pública.
Dos dez ferais capixabas, dois estão com o ‘burro na sombra”, praticamente reeleitos, Sérgio Vidigal (PDT) e Lelo Coimbra (PMDB).
Vidigal já sairia da Serra eleito. E Lelo além do apoio do governo Temer, do qual é líder, tem ainda o apoio da máquina de Hartung. E em 2016 disputou a PMV.
Votação de cada um de 2014

Sergio Vidigal PDT foi o mais votado, no entanto, não foi o mais produtivo da bancada até 2017. Tem mais um ano de mandato.

Lelo Coimbra foi o segundo mais votado em 2014 para o terceiro mandato consecutivo. Bem articulado, atua mais nos bastidores.

Max Filho cumpriu apenas dois anos do mandato.Se elegeu em 2016 prefeito de Vila Velha e teve que renunciar à Câmara.

Foletto é candidato a reeleição para o terceiro mandato. Mas vai depender da aliança que seu partido firmar.

Helder Salomão é do PT , partido que deverá ser rejeitado nacionalmente este ano, o que pode prejudicar sua reeleição.

Dr. Jorge Silva tem chances de sair eleito de São Mateus. Mas também depende da coligação que o PHS firmar

Evair de Melo do Partido Verde. Não é vinculado a partidos, mas pode surprender de novo. Cumpre primeiro mandato.

Manato é presidente do Solidariedade e nunca rema contra a maré. Tem chances de obter o quinto mandato

Givaldo é outro que será penalizado pelos erros do PT. Não se reelege. Pode sair para deputado estadual.

Marcus Vicente é presidente do PP e atua muito nos bastidores. Se aproximou do governo Hartung e apoia o governo Temer.

Norma Ayub (DEM) foi bem votada para a Câmara mas assumiu como suplente, após renúncia de Max Filho. Deve trocar de partido. Seu futuro político é uma incógnita.