BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O silêncio do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre sua tentativa de ajuda ao falido banco Master pode impactar o processo de sucessão presidencial, de 2026.
O fato da mulher do ministro ter um contrato com o banco deu a munição que a direita queria para associar as ações do ministro no processo de 8 de janeiro à perseguição política.
Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes para tratar da situação do Banco Master, segundo O Globo.
A instituição é controlada pelo empresário Daniel Vorcaro e acabou sendo posteriormente liquidada pelo BC por fraude. As informações são do blog da jornalista Malu Gaspar.
Três contatos teriam ocorrido por telefone e um encontro foi presencial. As conversas teriam acontecido em um momento em que o caso ainda não estava sob a análise do STF, o que só viria a ocorrer mais tarde, após uma ação encaminhada à Corte pelo ministro Dias Toffoli.
Segundo a reportagem, Moraes teria pedido a Galípolo que o Banco Central aprovasse a negociação entre o Banco Master e o BRB, o Banco de Brasília, que à época demonstrava interesse na compra da instituição.
Ainda conforme a apuração, Galípolo respondeu que técnicos do BC haviam identificado indícios de fraude no repasse de cerca de R$ 12 bilhões em créditos do Master para o BRB, o que inviabilizaria a aprovação do negócio.
Relatos indicam que, diante dessas informações, o ministro teria reconhecido que, se as irregularidades fossem comprovadas, não haveria como autorizar a operação.
A jornalista afirma que os detalhes das conversas foram confirmados por seis fontes diferentes ouvidas ao longo das últimas três semanas — uma delas teria escutado o relato do próprio ministro, enquanto outras cinco obtiveram as informações junto a integrantes do Banco Central.
A publicação também destaca um possível conflito de interesses. O escritório de advocacia da esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, mantinha um contrato de prestação de serviços com o Banco Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões por mês, por um período de três anos a partir de janeiro de 2024.
Com G1


































