BRASÍLIA – AGENDA CONGRESSO – A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos EUA – com vigência já a partir de 1º de agosto – acendeu um alerta imediato no setor produtivo brasileiro.

A medida, que Trump justificou como retaliação ao tratamento do Supremo Tribunal Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à suposta “censura” a plataformas americanas no Brasil, tem potencial para comprometer bilhões em exportações e gerar efeitos em cadeia na economia.

Segundo estimativas do setor, as tarifas podem afetar diretamente cerca de US$ 2,3 bilhões em vendas de petróleo bruto, US$ 1,5 bilhão em ferro e aço, além de mais de 20% da carne bovina brasileira exportada aos EUA.

O café, que reagiu imediatamente nos contratos futuros, registrando alta após o anúncio, também integra a lista de setores em alerta. O impacto já é sentido no câmbio e no mercado financeiro, com o real se desvalorizando frente ao dólar e a bolsa brasileira acumulando quedas nos últimos pregões.

Para Carlos Eduardo Silva, diretor da Excel, (foto) empresa líder em gerenciamento de combustível e gestão de frotas, o momento exige prudência e responsabilidade por parte dos líderes políticos e econômicos.

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“Misturar questões ideologias com política de Estado coloca em risco acordos bilionários e mina a confiança internacional. A competitividade do Brasil no mercado global depende de previsibilidade, segurança jurídica e de uma diplomacia voltada ao interesse nacional, não em agendas pessoais”, afirmou o especialista.

O movimento, além de afetar diretamente os negócios bilaterais, também influencia o câmbio e o mercado financeiro. O real vem se desvalorizando e a bolsa brasileira registra quedas.

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