Celular do presidente da Alerg incriminou desembargador

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Preso em Niterói, o desembargador capixaba do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Macário Júdice Neto, está em sala com TV, frigobar, ventilador e a chave da sala.

E continua recebendo seu salário de R$ 125 mil reais por mês. Inclui gratificações e indenizações. Em novembro ele recebe líquido R$ 80.580,06. Dezembro deve passar dos R$ 150 mil.

Por ser do Poder Judiciário não deve ficar preso por muito tempo. Presos como advogados, juízes, promotores e defensores públicos tem direito a prisão especial. Se fosse na China Macário seria executado.

Segundo O Globo, o sistema penitenciário fluminense não tem sala de Estado Maior. Por isso um cômodo dentro da cadeia precisou ser adaptado.

Comando vermelho

O desembargador que é de Cachoeiro de Itapemirim (ES), é relator do processo que envolve o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, acusado de ligação com o Comando Vermelho (CV).

Em setembro, a Operação Zargun resultou na prisão do parlamentar que foi transferido para Papuda em Brasília. No celular do desembargador foram colidas provas contra ele, como a relação com o presidente da Alerj.

Júdice Neto já foi juiz em Vitória. Ele foi detido em casa, em um condomínio de luxo localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. A mulher dele trabalha na Assembleia do Rio até novembro.

A casa caiu para Macário

CNJ FALHOU

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Macário Júdice Neto já havia sido afastado do cargo em 2005, por suspeita de participação em um esquema que o ligava à máfia dos caça-níqueis, mas foi absolvido em 2015. O CNJ restituiu a função dele.

Ele também respondia a acusações de venda de sentença, quando atuava na Justiça Federal no Espírito Santo. Mesmo tendo sido considerado inocente, permaneceu afastado por conta de processos administrativos.

Presidente da Alerg tirou o dele da reta. Dia que entregou celular ‘ sem senha de acesso’.

A prisão do presidente da Alerg, Rodrigo  Barcellar, no começo deste mês, permitiu que a PF acessasse o seu telefone celular e encontrasse mensagens trocadas entre ele e o desembargador.

De acordo com as investigações, o presidente da Alerj e TH Joias eram muito próximos, e há indícios de vazamento de informações sigilosas.

(Com O Globo e CB)

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