Deputados Federais do Espírito Santo. Fotos: Câmara dos Deputados

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com a eleição do ano que vem antecipada, as apostas sobre a nova composição da bancada federal também são tratadas nas conversas e avaliações sobre as chapas majoritárias e proporcionais a serem firmadas para outubro e 2026.

Calcula-se hoje que apenas cinco dos dez federais tem a reeleição garantida. Cinco não devem voltar. E pelo menos quatro deputados federais, dos 10 da bancada, devem mudar de partido na ‘janela partidária’ para tentar uma reeleição mais segura.

Com a mudança de siglas a previsão de cinco derrotados também pode  mudar.

Devem migrar para outras legendas Victor Linhalis (Podemos), Evair de Mello (PP), Messias Donato e Amaro Neto, ambos do Republicanos. Linhalis e Messias são os dois com maior dificuldade.

Ambos foram eleitos por prefeitos bem avaliados pela população, e recém eleitos, Arnaldinho de Vila Velha e Euclério Sampaio de Cariacica. Mas a tendência é que não repitam o mesmo êxito.

Messias ainda tem outro problema; é bolsonarista e contra o governador Renato Casagrande (PSB), de quem seu líder político, Euclério, é aliado. Messias foi o menos votado na eleição de 2022, com 42 mil votos.

Já Linhalis foi o sexto mais votado da bancada, somou 53.483 votos, a maioria em Vila Velha. Ele concorreu como ‘ O federal de Arnaldinho”.

Mas já na campanha rompeu com o presidente do seu partido, deputado Gilson Daniel, que não cumpriu acordo de revezar a direção da legenda no ES. Seu principal aliado político, o prefeito Arnaldinho, já deixou o Podemos.

Para se reeleger com tranquilidade, Linhalis precisaria ir para um partido maior, tipo o Progressistas. Mas a chapa do União Progressista está ‘pesada’. Tem nomes como Marcelo Santos, Felipe Rigoni, Da Vitória, Evair.

Se os dois últimos partirem para candidaturas majoritárias – Evair quer o Senado e Da Vitória o governo – se abrirão novos espaços na chapa federada.

TV VITORIA/RECORD

Amaro Neto vem em queda vertiginosa desde sua primeira eleição em 2018, quando somou 181.813 votos. Foi reeleito em 2022 com apenas 52.375 votos.

Corre sério risco de não se reeleger, se repetir a última votação. É pouco provável que mude de partido.

Evair de Melo admitiu terça-feira (27) para a Agência Congresso que pode mudar de partido, caso sua federação suba no palanque do governador Renato Casagrande (PSB).

Chegou a citar o Novo como opção. Mas diz que decisão só em abril do ano que vem. O nome dele chegou a ser citado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como opção para o Senado.

O QUE DIZ A LEI

A cada ano eleitoral, ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito.

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A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) e se consolidou como uma saída para a troca de legenda, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não ao candidato eleito.

A decisão do TSE estabeleceu a fidelidade partidária para os cargos obtidos nas eleições proporcionais (deputados estaduais, federais e vereadores)

Deputados eleitos em 2022

  • Helder Salomão (PT) – 120.337 votos
  • Gilvan da Federal (PL) – 87.994 votos
  • Evair de Melo (PP) – 75.034 votos
  • Gilson Daniel (PODE) – 74.215 votos
  • Da Vitória (PP) – 71.779 votos
  • Dr. Victor (Podemos) – 53.483 votos
  • Amaro Neto (Republicanos) – 52.375 votos
  • Jack Rocha (PT) – 51.317 votos
  • Paulo Foletto (PSB) – 48.776 votos
  • Messias Donato (Republicanos) – 42.640

 

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