BRASILIA – A Polícia Federal pediu abertura de inquérito para investigar a suposta participação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), na venda de sentenças judiciais.
O fato é grave. A investigação precisa de autorização da própria Corte para ser iniciada. A solicitação foi enviada ao gabinete do ministro Edson Fachin, que encaminhou o caso para manifestação da Procuradoria Geral da República (PGR).
Toffoli foi citado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (MDB), que está preso, em depoimento válido por um acordo de delação premiada.
Ele alegou que o ministro teria recebido R$ 4 milhões – via escritório de advogacia da sua mulher – em propina para favorecer dois prefeitos do Rio em processos no TSE.
O magistrado atuou na Corte eleitoral entre 2012 e 2016. O pedido de investigação foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
A demanda foi encaminhada à Procuradoria Geral da República, que deve se manifestar sobre o caso.
No entanto, até a noite desta terça-feira (11/5), ainda não tinha chegado ao gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Os repasses ilegais, de acordo com Cabral, teriam ocorrido por meio de Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, e envolvido com o escritório da advogada Roberta Rangel, esposa de Toffoli.
Por meio de nota, o ministro negou qualquer irregularidade, e disse que desconhece qualquer investigação contra ele.
(Com informações do Correio e Folha)