BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) entrou com um pedido de CPI para investigar o caso do orçamento secreto de Bolsonaro.
Domingo o jornal O Estado de S. Paulo revelou o esquema. O Executivo abriu um crédito de R$ 3 bilhões para que deputados e senadores aplicassem conforme sua vontade, acima do que a lei permite em emendas parlamentares.
A maior parte do dinheiro foi aplicada em máquinas agrícolas, a preços que chegam a superar o triplo dos valores de referência do governo.
O curioso é que Rocha é aliado do Planalto e tem apadrinhados na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), usada no esquema.
A revolta do tucano é que o deixaram fora do esquema. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, foi o grande articulador político do esquema.
Foi a forma que ele encontrou para ajudar a eleger, para presidência da Câmara e do Senado, aliados de Bolsonaro. Depois que o caso foi descoberto pelo Jornal o Estado de SP, Marinho veio a público.
Se comprometeu-se a dar mais transparência às emendas de congressistas pagas pelo governo federal a partir deste ano de 2021. Segundo ele, a ideia é listar o destino das emendas de relator, com o nome de cada congressista e os projetos beneficiados pelos recursos.
O titular da pasta também negou a existência de um “orçamento secreto” que privilegie membros da base de apoio ao governo no Congresso.
Mas se não era secreto, por que estava escondido? O fato é que o senador tucano levou uma rasteira em órgão onde tem apadrinhados.
COM AGE