BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, que assumirá a presidência do Superior Tribunal Militar (STM) em março de 2025, defende uma diretriz clara para manter as Forças Armadas afastadas da política.
Em entrevista à CNN Brasil, ela reforçou que a hierarquia e a disciplina dentro dos quarteis não podem ser comprometidas por influências políticas. Foi o que ocorreu no governo Bolsonaro, quando os militares foram cooptados e alguns estão presos até hoje.
O militar da ativa não pode se mesclar em assuntos políticos. Eu costumo dizer que quando a política entra dentro dos quartéis, a hierarquia e a disciplina saem, afirmou Elizabeth.
Ela será a primeira mulher civil a presidir o STM, em 216 anos de funcionamento do órgão, a corte é responsável pelo julgamento de crimes militares.
Indicada ao tribunal em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra já fez história ao ser a primeira mulher a ocupar a presidência do colegiado entre 2013 e 2015 para um mandato-tampão.
Agora, retorna ao cargo para um mandato de dois anos, com um discurso firme em defesa da modernização da Justiça Militar e do fortalecimento do Estado Democrático de Direito.
(Com CB)