BRASÍLIA AGENCIA CONGRESSO – O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do major capixaba Ângelo Denicoli, de Colatina, após receber denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o quarto grupo de acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado durante as eleições de 2022.
O grupo pediu o afastamento ”por suspeição’ do ministro Alexandre de Moraes do caso, o que foi negado. Moraes chegou a dizer suspeitos são os acusados.
Entre os denunciados no chamado “Núcleo 4” está o major Denicoli da reserva do Exército, residente em Colatina.
No dia 18 de fevereiro, Denicoli foi denunciado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
As investigações indicam que o major fazia parte do chamado Núcleo de Desinformação e Ataque às Urnas.
Segundo a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, esse grupo disseminava informações falsas sobre o sistema eleitoral e promovia ataques virtuais contra instituições e autoridades, incluindo ministros do STF.
No trecho da denúncia que menciona Denicoli, o procurador-geral afirma que ele atuou “de maneira livre, consciente e voluntária” em uma organização criminosa ativa desde pelo menos 29 de junho de 2021 até 8 de janeiro de 2023.
O grupo, segundo a PGR, utilizava armas, violência e ameaças graves com o objetivo de impedir o funcionamento regular dos Poderes da República e depor um governo democraticamente eleito.
Indiciamento em 2024
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal divulgou os nomes de 37 indiciados no inquérito que investiga uma organização criminosa que teria atuado de forma coordenada, em 2022, para manter Jair Bolsonaro no poder.
Entre os indiciados estava Ângelo Martins Denicoli, apontado como um dos integrantes do grupo sob investigação.