Podemos queria tudo. Tucanos não aceitaram.

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Uma semana após o PSDB realizar uma convenção nacional que aprovou a fusão com o Podemos, os dois partidos decidiram encerrar as negociações e descartaram fazer a união.

A falta de acordo se deveu a uma queda de braço pelo comando nacional da nova legenda. A deputada Renata Abreu (Podemos/SP) não aceitou dividir o comando.

De acordo com o deputado federal Aécio Neves, ao Estadão, a proposta do PSDB era que houvesse um rodízio na presidência, com mudanças a cada seis meses e depois a cada um ano.

Esse período de transição terminaria na eleição municipal de 2028, quando seria feita uma eleição convencional para formar um diretório nacional e uma executiva com mandato de dois anos.

O Podemos desejava indicar a presidência nacional do novo partido pelos próximos quatro anos, o que não foi aceito pelos tucanos.

A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu e o Pastor Everaldo, também integrante da direção do partido, se encontraram com o presidente do PSDB, Marconi Perillo e receberam a notícia do fim do ‘noivado’.

NO ES NADA MUDA, MAS PODE MUDAR

No caso do ES não muda nada. O Podemos tem dois federais, os tucanos nenhum. Mas ambos partidos tem pouca representatividade na política capixaba.

O Podemos vive em crise no ES desde que o atual presidente, Gilson Daniel, se recusou a cumprir acordo com o outro deputado da sigla, Victor Linhalis, e não lhe passou o comando regional.

Linhalis está em busca de outra legenda para disputar a reeleição. Conversa com o Progressistas de Da Vitória, de quem já recebeu convite.

Se sair do Podemos, Linhalis pode inviabilizar a reeleição de Gilson Daniel, que foi eleito graças aos votos dele (Victor) e do coronel Alexandre Ramalho – primeiro suplente – que já deixou a sigla.

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