Novos tempos
Para o novo deputado, que entre 2016 a 2018 foi chefe de gabinete do Governo de Pernambuco na primeira gestão de Paulo Câmara (PSB), a forma de fazer política mudou. Ele diz que não se espelharia no modelo de fazer política deixado por seu pai e bisavô.
“A forma de fazer política mudou. A forma de comunicação é outra. A velocidade da comunicação e das relações são outras. Mas o interesse é o mesmo. Vamos manter o mesmo objetivo de promover um serviço público corrigindo distorções e melhorando o social que é o nosso maior problema”, disse.
“Eu acho que cada um deles, no seu tempo, tinham a capacidade de enxergar além. E tinham um compromisso muito grande com o social. Sempre trabalharam para àqueles que mais precisavam. Como os estudantes das escolas públicas, os trabalhadores rurais, as periferias das regiões metropolitanas”, completou.
E defende que os três governadores eleitos pelo seu partido priorizem o social, Paulo Câmara, em Pernambuco; João Azevedo, na Paraíba; e Renato Casagrande, no Espírito Santo.
“Certamente vão atuar nas pautas em que a sintonia de natureza regional seja maior que a partidária. A necessidade de cada região implica mais. Por exemplo, a pauta hídrica para o semiárido é pauta mais importante para nós hoje como a conclusão das obras federais da adutora do agreste. E isso não é uma pauta do Espírito Santo. É uma pauta de Pernambuco e Paraíba. Mas com certeza os governadores do PSB vão estar muito alinhados”, disse.
Terras capixabas
O deputado comentou que infelizmente ainda não conhece o Espírito Santo mas que pretende em breve conhecer e experimentar a famosa moqueca capixaba. Que, para ele, briga com a moqueca baiana pelo título de segunda melhor moqueca do Brasil ”porque a melhor é a pernambucana, rs”.
“Eu nunca fui ao Espírito Santo, mas pretendo ir. Eu tenho uma ótima relação com Casagrande, de amizade e política. Uma vez ele me convidou, mas tive um outro compromisso e não pude ir. Mas pretendo ir lá, sim”, contou.
Segurança
Sobre um dos problemas mais graves que aflige a população brasileira, da falta de segurança, João Henrique afirma que o tema merece ser tratado por “um modelo de financiamento e gestão”. “Precisamos de um modelo de georreferenciamento das polícias. [Para atuar] no preventivo que é importante na segurança, principalmente no médio e a longo prazo. E no curto prazo [promover] a repressão”, diz.
E que a segurança será uma das suas prioridades no seu primeiro mandato de deputado federal, além de defender medidas que promovam a inclusão, garantir recursos hídricos, gerar oportunidades e empregos, lutar por uma educação de qualidade e transparência na política. “Eu estou muito animado”, diz, apesar de reconhecer que o país passa por um momento muito “adverso” e difícil.
Fundeb
Lutar pelo Fundeb é outra bandeira do parlamentar pernambucano. Ele defende a prorrogação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Nós temos que aprofundar esse debate e chamar à responsabilidade porque o fundo vai ser encerrado no próximo ano. Se isso acontecer será o fim da educação básica no Brasil”, alerta.
E criticou a pauta do ministro da Educação, o colombiano naturalizado brasileiro o Ricardo Vélez.“Mandar uma nota [obrigando os alunos a] cantar o hino nacional e falando o slogan [eleitoral] do governo, não é cabível nos tempos de hoje. Alguém que defendia de maneira tão acida a escola sem partido. Ele só está adotando agora a ideologia dele, coisa em que a gente é contra, seja qual for a ideologia”, observa.