Para o governo do presidente Lula (PT) a saída do deputado Artur Lira (PP/AL) do comando da Câmara é bom.
Mas e entrada do senador Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado neutraliza essa vantagem nas eventuais negociações do Planalto com o Legislativo.
Jurista, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), jogava dentro das quatro linhas da Constituição, o que não se deve esperar de Alcolumbre.
Mas o novo presidente da Câmara, Deputado Hugo Mota (Rep/PB) eleito por petistas e bolsonaristas, terá que fazer um exercício de equilibrista.
Isso para permitir que a Casa vote de fato projetos de interesse do país, e rompa a inércia provocada pela polarização que predominou na gestão Lira.
De qualquer forma o governo não terá ceú de brigadeiro nos próximos dois anos.