BRASÍLIA – O projeto de lei que regulamenta a pratica do nudismo – naturismo – em todo o Brasil foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e agora segue para o Plenário.

A matéria de autoria da deputada Laura Carneiro, foi aprovada na tarde de hoje (11). O texto cria regras gerais para a prática, mas deixa a cargo de cada estado ou município a determinação das normas específicas.

O projeto define naturismo como o conjunto de práticas de vida ao ar livre e que o nudismo é uma forma de desenvolvimento da saúde física e mental, em plena integração com a natureza.

Se aprovado, fica autorizada a prática do naturismo nos espaços reservados para isso.

Espaço naturista

O espaço naturista é aquele devidamente sinalizado e autorizado pelo poder público, situado em área destinada exclusivamente a essa prática.

Isso pode se dar em praias, clubes naturistas, imóveis rurais, acampamentos ou outros meios de hospedagem, de acordo com o texto, mas as autoridades municipais poderão condicionar a licença a determinados limites de área e períodos do ano.

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Além disso, deverá ser instalada sinalização para identificar os locais destinados aos adeptos do naturismo nas vias públicas de circulação de veículos, nos locais de travessia de pedestres e nos limites da extensão das referidas áreas.

Segundo o relator na CCJ, senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), o naturismo moderno é bem organizado e difundido em todos os continentes. No Brasil, já está previsto em leis estaduais e municipais, mas falta regulamentação nacional sobre o tema.

“É relevante, portanto, que haja legislação que trate de normas gerais sobre a matéria. No entanto, a definição de normas específicas deve continuar sendo feita por estados e, em especial, pelos municípios em que se instalem esses espaços naturistas”, observou o relator no parecer.

Segundo Veneziano, se praticado segundo as normas trazidas no projeto, o naturismo não infringe o artigo 233 do Código Penal (crime de ato obsceno).

A matéria ja passou pela Câmara e em caso de aprovação no Plenário do Senado, segue para a sanção presidencial.

Com Informações da Agência Senado

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