Jack Rocha foi a unica deputada de esquerda a votar pelo aumento do número de deputados

BRASÍLIA -AGENCIA CONGRESSO – A bancada capixaba deu quatro votos a favor do impopular projeto que aumenta o número de deputados federais, de 513 para 531. Até a deputada petista Jack Rocha (ES) votou a favor do aumento de 18 vagas, nenhuma para o Espírito Santo.

Já os deputados que votaram contra, também quatro, foram Helder Salomão (P), Paulo Foletto (PSB), Victor Linhalis (Podemos), e Messias Donato (Republicanos).

Os bolsonaristas Evair de Melo (PP) e Gilvan da Federal não votaram.O primeiro estava ausente da sessão, o segundo afastado do mandato. O ES tem 10 cadeiras na Câmara Federal.

Votaram a favor, além de Jack, Amaro Neto (REP), Gilson Daniel (Podemos) e Da Vitória (PP), conforme painel de votação da Câmara.

ACORDO – O Senado também aprovou projeto que aumenta o número de cadeiras na Câmara dos Deputados a partir das eleições do ano que vem. Os três capixabas na Casa votaram contra.

A medida foi avalizada com um placar apertado: apenas 41 votos favoráveis, o que representa o mínimo necessário para levar à frente o projeto, considerado impopular em pesquisas realizadas sobre o tema.

Além disso, houve 35 votos contrários ao aumento. O aumento terá reflexo nas contas públicas. Segundo a Direção–Geral da Câmara, a criação de 18 novas cadeiras na Casa pode apresentar um impacto de até R$ 64,6 milhões.

Atualmente, cada deputado custa, em média, R$ 3,6 milhões por ano, de acordo com o Demonstrativo de Despesas do Parlamento.

Santa Catarina e Pará, que receberão quatro deputados cada, foram os  mais beneficiados. Outros estados que também terão suas bancadas ampliadas incluem Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Norte.

O texto foi votado com um destaque que proíbe o aumento real de despesas da Casa em consequência do aumento do número de deputados. A medida foi formulada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e acatada parcialmente pelo relator, Marcelo Castro (MDB-PI).

Por conta da inclusão desse destaque, a matéria voltou à Câmara, para nova votação, e foi aprovada por 361 x 36. Agora, seguirá para sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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