Em 2026 Contarato não terá os votos bolsonaristas que ajudaram sua eleieção em 2018

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A eleição do senador capixaba Fabiano Contarato (PT), para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado turbina sua reeleição para o Senado, em 2026.

Ele foi apoiado pelo governo e se elegeu por 6 votos a 5, nesta terça-feira (4) contra o senador Hamilton Mourão (REP/ES). Contarato, no entanto, terá uma campanha difícil para se eleger, devido ao cenário local.

A CPI dará visibilidade ao parlamentar capixaba, delegado de polícia licenciado, mas dia 15 de dezembro o Congresso entrará em recesso e os holofotes serão apagados. Até outubro de 2026 muita coisa ainda vai acontecer.

SEGURANÇA ABALADA

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A CPI do Crime Organizado foi instalada em meio à repercussão da operação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que deixou 121 mortos na semana passada.

O episódio deu fôlego a direita e tirou o governador do Rio, Cláudio Castro, da lona. Ele é candidato a senador. Será outra CPI polarizada entre governistas e bolsonaristas.

Mas Contarato tem outros dois problemas no ES; primeiro a candidatura do atual governador Renato Casagrande (PSB) a senador, do seu campo ideológico.

Segundo que na eleição de 2018 – ano da eleição de Bolsonaro -ele recebeu  muitos votos de bolsonaristas, por ser delegado e combater crime.

Foi eleito pele REDE mas logo se transferiu para o PT, o que irritou muitos do seus eleitores bolsonaristas. Esses dois fatores devem impedir sua reeleição. Com Casagrande na disputa, o mercado político avalia que apenas uma ( das duas ) vagas esteja em disputa.

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