BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O que um deputado bolsonarista da extrema direita, homofóbico assumido, estaria conversando com  uma parlamentar trans reservadamente num canto do plenário da Câmara?

Com medo de levar outra suspensão do mandato  – e por ser reincidente até perder o cargo -, o deputado criador de confusão Gilvan da Federal (PL) adotou novo estilo na Câmara dos Deputados. Bate e assopra.

Conhecido como deputado da bandeira por se vestir pateticamente com uma bandeira do Brasil sobre o ombro, o ex-agente da PF agora está sendo chamado de “Gilvanzinho paz e amor”.

Ele depois de divergir com colegas na Casa, procura o ofendido – prefere atacar mulheres da esquerda – e pede desculpas, como mostra esse flagrante no plenário da Casa feito pelo repórter Humberto Azevedo.

Desta forma evita novo processo por falta de decoro. Depois desse tête à tête a AGENCIA CONGRESSO quis saber de Duda Salabert (PDT/MG) qual o motivo da conversa entre uma representante da esquerda e um radical de direita:

“Ele me procurou para informar que o atritos no colegiado são do “jogo” e já está “superado”. De forma acanhada pediu desculpas. Os dois haviam discutido semana passada na Comissão de Segurança da Casa;

Na verdade Gilvan teme ser processado outra vez pelo Conselho de Ética da Câmara, onde já tramitam representações contra ele por ataques antirregimentais.

Gilvan arruma uma briga por semana. No início do mês discutiu com com outra parlamentar trans, Erika Hilton (Psol/SP).

A divergência entre eles ocorreu durante sessão. No conflito, Gilvan insinuou que a parlamentar estaria apaixonada por ele e a atacou. Erika é parlamentar travesti: “ O que minha esposa tem, você não tem”. Erika deu o troco:

“Tenho compaixão da sua esposa por ter que dormir todas as noites com um homem como você”, disparou Erika Hilton à Gilvan da Federal.

- Publicidade -