
BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O candidato bolsonarista à prefeitura paulistana Pablo Marçal (PRTB), pode ter a candidatura cassada caso fique comprovado o envolvimento dele no pagamento de vídeos para publicação em redes sociais.
O pagamento é proibido, mesmo que tenha sido feito por apoiadores de sua campanha, segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo UOL.
Em um processo de investigação eleitoral aberto a pedido do PSB, da candidata Tabata Amaral, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz acolheu o argumento de que há indícios de que Marçal esteja cometendo abuso econômico.
O juiz concedeu medida liminar para suspender os perfis em redes sociais usados para esse fim. “Conste que há documento demonstrando que um dos pagamentos proveio de uma das empresas pertencentes ao requerido Pablo, o que pode configurar uma série de infrações”, escreveu o juiz na decisão divulgada sábado (24).
Marçal pode ficar maior que Bolsonaro
Recentemente, houve uma série de conflitos entre Pablo Marçal e os filhos de Jair Bolsonaro. A disputa começou a se intensificar devido à ascensão de Marçal nas pesquisas eleitorais para a prefeitura de São Paulo, onde ele está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos e Ricardo Nunes1.
Os filhos de Bolsonaro, especialmente Carlos e Eduardo, têm criticado Marçal publicamente. Em uma ocasião, Marçal chamou Carlos Bolsonaro de “retardado mental” após ser atacado em uma publicação nas redes sociais2.
A tensão entre eles reflete uma luta pelo controle do eleitorado bolsonarista, com Marçal ganhando apoio significativo entre os eleitores de Bolsonaro1.