BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O nome do senador Magno Malta (PL/ES) foi citado na delação do coronel Mauro Cid, como um dos políticos que incentivaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de estado e impedir a posse do presidente Lula.
No relato inaugural de sua colaboração, Cid revelou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compunham a ala “mais radical” dos grupos que orbitavam o ex-presidente e incentivavam um golpe.
Ambos, porém, não foram indiciados pela PF nem denunciados pela PGR. Isso significa que a corporação não encontrou, até o momento, elementos mínimos para que sejam formalmente acusados.
Segundo Cid, o núcleo mais radicalizado era dividido em duas partes. A primeira, com nomes como o ex-ministro Eduardo Pazuello e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, se concentrava em buscar indícios de fraudes nas urnas.
A segunda, que “instigava o ex-presidente a dar um golpe”, teria figuras como Michelle, Eduardo, o então assessor especial Filipe Martins, os ex-ministros Onyx Lorenzoni e Gilson Machado, o general Mario Fernandes e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES).
Os apoiadores de Bolsonaro considerados moderados temiam que a ala mais radical levasse o presidente a assinar uma “doidera”, revelou Cid.
Fonte:Globo