BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Junho violeta ou violento? Brasília teve quase 10 mil casos de violência contra o idoso apenas em 2025. Sequer estamos no meio do ano. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e implicam em maus-tratos, exploração sexual e até tráfico de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o final de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.

O último Censo, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em doze anos no Brasil.

Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do país. O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões (10,8%).

Diante disso, surge um tema preocupante: a violência contra a terceira idade. Neste mês é celebrado o Junho Violeta, campanha de conscientização social que visa promover ações de prevenção e combate à violência contra os idosos.

Para Thiago Caetano Luz, coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, a discussão dessa temática é essencial no intuito de observar e lutar pelos direitos das pessoas na terceira idade.

De com o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em Brasília, até o momento, a contabilizar os cinco primeiros meses de 2025 e metade de junho, foram 9.912 casos de violações.

Desse número, apenas 1.722 denúncias foram registradas (quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos para registrarem uma denúncia).

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“A campanha Junho Violeta visa informar a população acerca dos cuidados que devemos ter com os idosos e assim, ampliar a qualidade de vida da terceira idade. É um grupo de pessoas que necessita de redes de cuidado, as quais nem sempre são prestadas de forma adequada. Por isso a atenção deve ser constante”, indica.

Thiago alerta que, muitas vezes, o idoso acaba sendo negligenciado por um cuidador ou até mesmo familiar, e que a atenção permanente contribui para a redução dessas violências.

“No Brasil, o Estatuto do Idoso define claramente os tipos de violência que podem ser cometidos contra essa população vulnerável. A violência física, por exemplo, inclui agressões como empurrões, tapas e uso de armas, deixando marcas visíveis e causando danos físicos significativos. Além disso, a violência psicológica, que envolve humilhações, ameaças e agressões verbais, pode ser igualmente devastadora, afetando profundamente a saúde mental dos idosos”, destaca.

Além disso, ainda há outras formas de negligência, como o abuso financeiro, a violência sexual e o abandono. Muitas vezes silenciosas, essas agressões comprometem a saúde, a segurança e a dignidade dos idosos.

“Estabeleça conversas e crie um ambiente adequado e seguro para eles. Ouvir o idoso sobre o que ele está passando ajuda a identificar e, por consequência, dirimir esse problema”, afirma o docente.

Denúncias podem ser feitas por diversos meios, seja através das Polícias Militar (190) ou Civil (197), o Disque 100 (que funciona diariamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana) e canais eletrônicos.

Portaria nº 938, de 18 de junho de 2025, estabelece prioridade às denúncias de violência contra idosos.


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(Assessoria de imprensa – Anhanguera – Priscila Dezidério)

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