BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O secretário de governo de Vitória, ex-deputado Erick Musso, será exonerado na segunda-feira (23) da equipe do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Em seis meses à frente da pasta, Musso não explicou a que veio ou foi.
Presidente regional do Republicanos, em tese ele teria assumido o cargo para ajudar na estratégia da pré-candidatura do prefeito ao governo do ES, ano que vem. O que fez foi lotear a PMV com políticos derrotados, como Soraya Manato e o coronel Ramalho, ambos secretários da PMV e candidatos a federal em 2026.
Ele sai da prefeitura da capital sem prestar contas do que fez em seis meses com o dinheiro público. Adversários dizem que ele saiu porque não conseguiu ‘enquadrar’ o prefeito e mandar na PMV.
Outros que teria sido por divergências com a vice prefeita, Cris Samorini (PP), de quem Erick foi amigo íntimo num passado recente. Sua exoneração será publicada na segunda-feira, no Diário Oficial, devido ao feriado.
FURO NEGADO
Há 29 dias o site capixaba que opera em Brasília, Agência Congresso informou com exclusividade que Erick Musso sairia da PMV. Na época, o político negou e ainda fez piada: ” Quando sair, se sair, eu mesmo anuncio”, disse para o jornal A TRIBUNA.
Principal articulador de Pazolini, Erick vai deixar PMV até o fim do mês – Agência Congresso
Presidente do Republicanos, o Secretário do Governo, ficou irritado com o caso envolvendo a vice-prefeita Cris Samorini em cenas de namoro com o prefeito em uma casa noturna em show da banda Calcinha Preta, no Piauí, bem longe dos olhos capixabas.
Erick segue orientações do capixaba Roberto Carneiro, presidente regional dos Republicanos em São Paulo. E teria sido aconselhado a deixar a PMV e cuidar do partido. Até porque nem se sabe se Pazolini vai mesmo renunciar a PMV para concorrer ao governo.
Roberto e Erick buscam alianças, inclusive com o ex-governador Paulo Hartung (PSD), senador Magno Malta (PL), e outros nomes para tentar vencer a disputa pelo governo do ES. Mas não tem nomes competitivos, fora o do prefeito de plantão.
Pazolini não se declara bolsonarista, muito menos lulista. Mas se for candidato certamente terá o apoio da direita.
Já Erick, pré-candidato a deputado federal em 2026, terá muita dificuldade de se eleger. Os redutos estão dominados.
Agora a função dele será tentar juntar os cacos do partido e fazer uma chapa competitiva para eleger pelo menos um federal.
Os nomes da sigla, dos atuais federais Amaro Neto e Messias Donato, estão em queda. A direita capixaba segue desarticulada e fragmentada.
Enquanto isso, do outro lado, o governador Renato Casagrande cria uma verdadeira federação de siglas em torno do nome de Ricardo Ferraço (MDB) para sucedê-lo.