Ramalho sai do PL mas diz que continua apoiando Bolsonaro
ENTREVISTA A RENATO PAOLIELLO
BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – “Não era vontade de Magno (presidente do PL/ES) mas prevaleceu minha oportunidade de ser secretário do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), na PMV.”
Assim, o suplente de deputado federal, coronel Ramalho, explicou sua saída do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele assume nesta terça-feira ( 1º de abril) a secretaria de Meio Ambiente da capital.
O coronel Ramalho tem mais de 35 anos na área de segurança, ocupou o comando da PM e por duas vezes foi secretário de Segurança do governo Renato Casagrande (PSB).
No PL ele passou apenas apenas 10 meses. Saiu do Podemos para ser candidato a prefeito de Vila Velha, nas eleições do ano passado. Se deu mal.
Mas o tempo que ficou no partido de Magno Malta foi suficiente para perceber como a sigla se movimenta. E disse que sentiu a necessidade de ocupar um cargo de projeção para seguir com seu projeto político.
CÂMARA FEDERAL EM 26
“Sou grato ao prefeito Lorenzo que fez o convite, não colocou nenhuma ressalva e deu um importante voto de confiança. Magno Malta acha que não era o momento de aproximação com os Republicanos, por isso, deixei o partido, sem ressentimentos”, explicou.
Conhecido como Faca na Caveira, o coronel sempre atuou com independência na vida pública. Foi assim no governo Casagrande e agora com Magno Malta. Mas ele deixa claro que não é homem de guardar mágoas.
No PL de Magno a chapa para deputado federal tem muitos nomes, inclusive da própria filha do senador, a Maguinha, além do deputado Gilvan da Federal e dos estaduais Lucas Polese e Callegari.
“Mas essa não foi a razão da minha desfiliação”, acentuou. Ele deixou nesta entrevista para o site AGENCIA CONGRESSO – claro que a desfiliação foi para ocupar o cargo de secretário de Meio Ambiente de Vitória.
“Ele (Magno) falou que não era o momento de aproximação com o seu ex-aliado Lorenzo Pazolini, delegado de polícia e ex-deputado estadual. “Mas escolhi o melhor para minha vida”.
Carla Malta, filha do senador, já trabalhou como assessora de Pazolini, isto logo após a eleição de 2018, quando foi eleito deputado estadual.
Hoje, ela é presidente do PL Mulher e trabalha diretamente com o senador. Foi neste época que Magno rompeu drasticamente com Pazolini.
Um caso marcante com a outra filha, Maguinha, quando ela foi trabalhar com o prefeito Max Filho. Magno ficou sem conversar durante um bom tempo com a filha, que teve que deixar o cargo para fazer as pazes com o pai.
Mas em um vídeo postado sábado, durante o evento PL Mulher, Magno passa a capa para Maguinha. Ou seja, declarou em público, que a filha é sua herdeira política. Ela conclui o vídeo aceitando a missão.
Magno Malta foi comunicado por telefone da saída do coronel Ramalho, que continuará sem partido. Magno teria dito ao coronel que ele poderia ir mas sem leva o PL.
Perguntado se vai filiar ao Republicanos, coronel Ramalho disse “que agora não, que é preciso dar um tempo.
“Tenho que sentir o ambiente, trabalhar e aproveitar a oportunidade que recebo de coração aberto do prefeito Pazolini”.